terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ninho vazio: como vivenciar



Em fevereiro passado, o público brasileiro de cinema foi brindado com mais um delicado filme argentino, chamado "O Ninho Vazio". O longa mostra um casal vivendo essa crise de mesmo nome, uma situação muito comum na vida e pouco valorizada. Esta síndrome (síndrome é o título usado pela medicina e psicologia para algo que não pode ser bem classificado como uma doença, mas que apresenta certa regularidade de sintomas) geralmente começa depois dos 42 anos, numa fase em que os filhos deixam a casa dos pais para construir suas próprias vidas. Toda a rotina dos pais, que até então girava muito em torno dos filhos, precisa ser modificada. A mulher e o homem percebem que há mais espaço, mais tempo para si e para o casal, e começam a aparecer os problemas.
Se antes um fim de semana com os filhos viajando seria comemorado com um "enfim sós" e champanhe, agora esse "enfim sós" tem gosto de solidão a dois. Pode haver tristeza profunda, um sentimento de inutilidade que atinge ambos, mas geralmente mais a mulher, que costuma estar nesta fase vivendo as mudanças, nem sempre agradáveis, que a menopausa traz. E a solidão se torna um sentimento muito forte!
Para a mulher, o Ninho Vazio costuma ser sentido com mais dor, porque culturalmente muitas mulheres colocam como meta central da sua vida a maternidade. Para muitas, deixar de cuidar dos filhos para apenas partilhar sentimentos com eles é fazer pouco, é não ser mãe. Isto vale mesmo para mulheres que trabalham fora, que têm sucesso em suas carreiras, porém sentem-se como se um pedaço fosse tirado delas. Hoje este Ninho Vazio pode ser sentido também diante da separação de um casal, em que os filhos ficam sob a guarda do pai ou da mãe e aquele que fica só com as visitas sente muito essa ausência em sua rotina. Mais aguda é essa dor quando os filhos ficam com o pai e a mãe passa por todos os sentimentos de inadequação e abandono - neste caso somados ao de fracasso, que não se justifica na maioria das vezes.
O relacionamento do casal no filme, assim como na vida real, sofre abalos sísmicos nessa fase. O vazio deixado pela saída dos filhos traz à tona comportamentos e imagens que um tem do outro que permaneciam meio obscurecidos no dia-a-dia tumultuado que havia antes. Neste momento a Terapia Biográfica pode ajudar muito, tanto a pessoa que sofre por estar vivendo estas mudanças quanto o casal que sofre por não se reconhecer mais como uma família e não perceber a mudança que se faz necessária. Através de conversas e de trabalhos artísticos, comumente usados na Terapia Biográfica, é possível que cada um entenda melhor seus objetivos de vida e busque realizá-los, trazendo o sentimento de realização, de satisfação interior, de felicidade, enfim. É importante sempre ter em mente que ser pai ou mãe é uma missão importante na vida de uma pessoa, mas não é tudo!
A vida passa por várias fases e muitas vezes não percebemos que as circunstâncias são diferentes, e continuamos com comportamentos e expectativas que não cabem mais. Precisamos estar atentos a essas mudanças. Uma dica simples para você perceber as mudanças é fazer um pequeno diário. Quando estiver vivenciando o Ninho Vazio, escreva à noite uma espécie de retrospectiva do dia, relatando o que foi aprendido naquele dia e o que muda na sua vida através deste aprendizado. É como acompanhar o crescimento de um filho marcando na parede sua altura. Se você só olha para a criança, não se dá conta da mudança constante em seu tamanho, mas marcando regularmente cria atenção. Assim também esse ´caderno de aprendizagem´ permite ver as mudanças em sua vida de uma forma mais próxima. E as mudanças virão mesmo, mas que estejamos prontos para elas e saibamos reconhecê-las e transformar nossas vidas de acordo com nossas aspirações mais íntimas.
Nunca se esqueça que ser mãe ou ser pai faz parte de sua vida, mas não pode abarcar toda a sua vida. O que lhe interessa? Você tem algum hobby ou gostaria de ter um e ainda não teve tempo? Você tem algum sonho que vem adiando, esperando o momento de ter mais folga? Você pensa em dar um novo rumo à sua carreira? Qual é o rumo que você pretende dar ao seu casamento?
A angústia de ver os filhos saindo do ninho pode muito bem ser compensada observando o voo deles por novas paisagens, novos relacionamentos, novos desafios profissionais. Reconhecer que os filhos são adultos e que precisam voar com as próprias asas, isto é que vai fazer diferença no seu sentimento: perceber que você não perdeu os filhos e estar aberta para ajudá-los se precisarem.
Este é o momento de direcionar seus talentos e sua energia para algo novo, afinal o Ninho Vazio é o prenúncio de um novo nascimento.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Diretor da ONS garante que sistema funcionou corretamente

Eduardo Barata, diretor de operações do ONS, a empresa que controla a geração e a transmissão de energia no Brasil, confirma curto-circuito no interior de São Paulo

Bom Dia Brasil – O Inpe diz que não pode precisar se raios caíram na região de Itaberá (SP). Já o governo garante que descargas elétricas naquela cidade provocaram o apagão.

Eduardo Barata – As análises que fizemos em relação ao evento de terça-feira mostram que ocorreram curto-circuitos nos três circuitos que vão da subestação de Vaiporã, no Paraná, a Itaberá, em São Paulo. Nisso não há dúvida porque esses curtos estão apresentados em registros, oscilogramas obtidos em equipamentos altamente confiáveis. Aconteceu o curto. Se foi uma descarga atmosférica que causou, em nenhum momento isso foi posicionado como certeza. A origem do curto-circuito pode ter sido descargas elétricas que haviam na região, ventos que provocam balanço na cadeia de isoladores, permitindo a abertura de arcos entre condutores e a torre ou chuva, que pode fazer um isolador funcionar como condutor. Creio que é possível que condições climáticas adversas na região tenham sido as causadoras do curto-circuito. Em relação ao curto, não há dúvida, porque ele está registrado em documentos que podem ser investigados por qualquer auditoria técnica.

Vários especialistas disseram que o sistema não funcionou como esperado. Podemos esperar novos apagões? Como evitá-los?

Eu diria que do ponto de vista de gestão do sistema, a nossa convicção é que funcionou adequadamente. Os curto-circuitos aconteceram e o sistema de proteção atuou, evitando que o curto tivesse consequências de danificar equipamentos do sistema de transmissão, assim como os esquemas especiais de proteção impediram que houvesse uma propagação para além da região onde estava acontecendo, em São Paulo. Se olharmos a carga que foi interrompida, o grosso foi concentrado na Região Sudeste. Falamos em 18 estados, mas a perturbação no Sul foi de pequena monta e rapidamente sanado, assim como no Norte no Nordeste. Isso se deve ao funcionamento correto dos sistemas especiais de proteção.

O senhor diz que houve funcionamento correto das áreas de isolamento. Mas muita gente de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia não concorda com o senhor, porque não funcionou por lá.

Seria interessante que essa discussão avance e ela seguramente precisa de mais tempo para que se possa explicar com precisão. A população vai compreender o que aconteceu. Os números que poderão ser mostrados mais adiante apontam a diferença entre o que aconteceu no Sudeste e no Norte, no Nordeste, no Sul e no Centro-Oeste. Obviamente, compreendemos, com absoluta certeza, que nenhum consumidor gosta de ser afetado. Nos entristece que isso aconteça. Mas é preciso que se compreenda que um sistema seguro como é o do Brasil tem também alguma vulnerabilidade. O sistema brasileiro é reconhecido mundialmente como seguro, bem gerido e que funciona bem. Os indicadores que dispomos e podemos apresentar, se comparados com países de primeiro mundo – como Estados Unidos, Canadá e países europeus, mostram que o nosso tem desempenho superior. Os estudos que tivemos, como de 1999 e 2001, eventos com características semelhantes ao da terça-feira, e diferentes, como foi observado por Miriam Leitão, tiveram gestão apresentada em fóruns internacionais que confirmam a qualidade da operação e da própria estrutura do sistema elétrico brasileiro. O investimento feito nos últimos anos assegura isso.

Mesmo especialistas que concordam que o sistema é bem montado e com bons mecanismos estavam perplexos com a demora na normalização da energia. Foram sete horas. Em 2002, quando houve um apagão, demorou 40 minutos. Ou seja, o sistema reagiu mais rapidamente. Por que demorou tanto?

Preciso corrigir algumas informações. Em 2002, o tempo de retorno do sistema demorou quatro horas, usando uma metodologia internacional e que nos permite comparar o comportamento do sistema brasileiro com os sistemas estrangeiros. Um evento de grande proporções na Costa Leste dos Estados Unidos, em 2003, teve duração de recomposição de quatro horas para uma interrupção de uma carga duas vezes superior a que tivemos no Brasil. Pouco tempo depois, um distúrbio de sérias proporções na Itália, com carga exatamente da ordem de grandeza da nossa, levou 24 horas para ser recuperada. Os tempos são longos.

No caso de terça-feira, o comentário do presidente de Itaipu, Jorge Samek, de que apenas sete horas depois foi dado o comando, quer dizer que foi dado o comando para colocar todas as máquinas da usina em funcionamento. Não precisávamos de todas as máquinas da usina. Depois de um distúrbio dessa natureza o que acontece é que há uma regressão natural da carga. Não há necessidade de colocar todas as máquinas da usina funcionando.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

OAB alerta para "trator" do Legislativo sobre Judiciário na votação da PEC 351

Brasília, 04/11/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, alertou que o Poder Legislativo poderá ainda na noite de hoje (04), com apoio do Executivo, "passar um trator por cima do Judiciário, ignorando solenemente as decisões desse poder no que se refere aos débitos judiciais, os chamados precatórios". Segundo Britto, a Câmara dos Deputados estaria se preparando para votar na pauta noturna a Proposta de Emenda à Constituição 351, conhecida como PEC do Calote dos Precatórios. "Se aprovada, essa medida vai literalmente tratorar as decisões judiciais que mandam pagar os precatórios, significando um total desrespeito à magistratura, à coisa julgada - pois o pagamento desses débitos é definido em sentenças já transitadas em julgados - e à dignidade da pessoa humana, pois a PEC não respeita direitos dos cidadãos aos seus créditos, muitas vezes para fazer frente a necessidades urgentes", afirmou.

Para Cezar Britto, o Legislativo estará se afastando dos princípios do Estado Democrático de Direito, "ao passar um rolo compressor sobre decisões do Judiciário, aprovando essa PEC do Calote". Lembrando que a proposta é de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que a acolheu por sugestão do então presidente do STF e atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, o presidente nacional da OAB considerou "inadmissível que um ex-presidente da mais alta Corte do País seja responsável pela criação desse monstrengo que é a PEC do Calote, que vai aniquilar as decisões oriundas dos próprios magistrados".



O presidente nacional da OAB reafirmou a oposição intransigente da entidade quanto a pontos da PEC dos Precatórios como o leilão para recebimentos dos créditos e a fixação dos percentuais máximos de receita líquida destinados por Estados e municípios ao pagamento de precatórios, respectivamente de 2% e 1,5%. Tais pontos, observou Britto, representam "verdadeiro amesquinhamento e aviltamento" das decisões judiciais. "Mesmo que a dívida um dia venha a ser quitada - o que no caso de alguns Estados pode chegar a 100 anos, como no Espírito Santo -, isso se dará a valores aviltados, o que é um absurdo e um calote sem precedentes", concluiu o presidente nacional da OAB, ao repudiar, mais um vez, o texto da PEC do Calote dos Precatórios.

Voltando de São Paulo, dia 12 de outubro de 2009.






Observando esse por do Sol, a minha volta de São Paulo, me trouxe num ímpeto a lembrança de uma frase, que em 1976 , vi num muro da minha cidade ( Marília), e nunca mais esqueci.
"É muito melhor arriscar coisas grandiosas do que formar fila com os pobres de espíritos , que não conhecem muito , nem sofrem muito. Vivem numa penumbra cinzenta , que não conhecem vitórias nem derrotas".
Fiquei imaginando fatos recentes, que foram surgindo com tanta clareza...Horas e horas me deliciando com essas imagens reais, e pensando...Pensei em relacionamentos , escolhas erradas.Será possível?? Que pessoas permitam a escolher uma vida sem brilho, sem cor, sem vida, sem liberdade, ficar na mentira,ilusão e dor é um vício terrível.E, como somos realmente complexos, se não formos fundo no SER, no SONHO, na origem do problema, não vamos conseguir caminhar.Que pessoas usam de todos os artifícios imagináveis para conseguir fechar um ciclo de relacionamento: chantagem emocional,críticas, coisas materiais, filhos e contentam em aceitar migalhas,uma eterna desconfiança de ser traído, porque ninguém muda ninguém.Será possível???Não é fácil meus amigos, não é.Não é fácil.A diferença está na mudança,na coragem,na força,vinculado à maturidade que os anos nos trazem . Olhar para dentro dói, mas liberta!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Indústria cresce em setembro pelo 9º mês seguido, aponta IBGE

Produção de veículos sobe 3,5% em setembro, aponta IBGE



Segundo a economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, o crescimento de bens de capital ante mês anterior foi impulsionado sobretudo por bens de capital para transporte, influenciados especialmente pela produção de caminhões. De acordo com ela, esse segmento teve efeitos positivos do aumento dos desembolsos do BNDES no programa Pró-Caminhoneiro.



Na contramão dos bens de capital, os bens de consumo duráveis registraram queda em setembro tanto na comparação com agosto (-1,1%) quanto na relação ante setembro do ano passado (-6,4%), acumulando recuo de 14,5% no ano e queda de 15,7% em 12 meses. Segundo a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa, a queda é reflexo do ajuste do setor e menor fôlego das compras de bens que tiveram o IPI reduzido. "Depois de oito meses de crescimento ante o mês anterior, há uma queda muito localizada na produção de automóveis e que afetou os dados de bens de consumo duráveis. Mas é uma queda pontual", explicou Isabella.



Os bens de consumo semi e não duráveis também inverteram a tendência e apresentarem queda de 0,7% na produção ante o mês anterior e recuo de 3,9% ante igual mês do ano anterior, acumulando variação negativa de 2,9% no ano e de 2,5% em 12 meses.



Apesar da expressiva alta em setembro, a produção de bens de capital registrou queda de 20,5% na comparação com setembro do ano passado, acumulando um recuo de 22,7% em 2009 e queda de 16,6% em 12 meses.



A categoria de bens intermediários, por sua vez, registrou alta de 0,8% na produção de setembro ante agosto e queda de 7,5% em relação a um ano antes. Até setembro, a produção de bens intermediários acumula recuo de 13,5% em 2009 e de 12,4% nos últimos 12 meses.



No terceiro trimestre de 2009, a produção registrou alta de 4,1% ante o trimestre imediatamente anterior e queda de 8,3% ante o mesmo período de 2008. Até setembro, a produção acumula queda de 11,6% no ano e recuo de 10,3% nos últimos 12 meses.



"Apesar da variação negativa no acumulado ano (-11,6%), a indústria vem mostrando recuperação moderada, com destaque para os incentivos fiscais adotados pelo governo impulsionando alguns setores de consumo", analisa Inês Filipa.



O índice de média móvel trimestral da produção industrial, considerado o principal indicador de tendência, registrou alta de 1,4% no trimestre encerrado em setembro ante o terminado em agosto. O resultado mostra uma pequena aceleração em relação ao índice de média móvel trimestral apurado em agosto, quando ficou em 1,3%. O destaque nesta apuração, segundo Inês, vai para a expansão dos bens de capital, sinalizando crescimento dos investimentos, em linha com a recuperação da confiança dos empresários.



A previsão da economista-chefe da Icap é a de que produção industrial encerre este ano com uma queda em torno de 7,8%. A indústria, de acordo com ela, deverá voltar a crescer em 2010.



(com Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado)

Governo Lula se reúne para tentar definir meta do clima

Impasse deve marcar reunião hoje; Ambiente tem proposta mais ambiciosa

Célia Froufe, BRASÍLIA
Tamanho do texto? A A A A
A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Carlos Minc (Meio Ambiente), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) e Celso Amorim (Relações Exteriores) prevista para hoje com o objetivo de tratar da meta brasileira de redução de emissões de gases do efeito estufa deve ser marcada pelo impasse.

Enquanto o ministro Carlos Minc defende a redução de 40% das emissões até 2020, representantes das outras pastas têm resistência à proposta por considerá-la inadequada para o momento econômico. O único consenso até agora para ser apresentado à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que será no próximo mês, em Copenhague, é em relação à diminuição em 80% do desmatamento da Amazônia até 2020. Para o Meio Ambiente, a meta de reduzir as emissões em 11 anos é factível.

Outros ministros veem a situação como mais delicada por causa da posição de China e Índia, que abertamente declaram não ser a favor de apresentar uma meta. A questão é que os dois países são aliados do Brasil. O Ministério das Relações Exteriores teme constranger os parceiros ou até mesmo ficar isolado na COP-15. Uma saída seria exigir contrapartida ambiciosa de países desenvolvidos.

A decisão estará nas mãos do presidente Lula. Não há, no entanto, por parte de assessores das pastas consultados pelo Estado, a convicção de que alguma posição possa ser dada hoje, ainda que todos torçam por isso. Há outro problema: Lula pediu ao Itamaraty que tente acertar com os países amazônicos (Bolívia, Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname) uma proposta comum.

O que desejam organizações com foco no meio ambiente é que o Brasil apresente uma atitude mais agressiva na COP-15. O raciocínio seria o de que, se o País apresentar metas ambiciosas, as demais nações em desenvolvimento terão de segui-lo (mais informações nesta página).

Uma preocupação interna é em relação à possibilidade de cumprir uma meta mais alta no momento em que o Brasil espera retomar o crescimento, após a crise financeira internacional. E quanto maior a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mais difícil seria cumprir a meta. O estudo feito pelo Meio Ambiente prevê crescimento de 4% ao ano até 2020. A ministra Dilma achou pouco e encomendou projeções para 5% e 6%.

NOVO MARCO

A COP-15 é importante porque a primeira fase de vigência do Protocolo de Kyoto termina em 2012 e o prazo estipulado para negociar um novo regime de metas internacionais para além do período termina em dezembro.

Pelas regras atuais do acordo, só os países desenvolvidos têm obrigação de reduzir as emissões em comparação ao que emitiam em 1990. O Brasil sempre foi contra metas, mesmo que voluntárias, para países em desenvolvimento. Tanto que só recentemente, após pressão, o governo aceitou discutir o tema. A proposta é reduzir a trajetória de crescimento das emissões, ou seja, elas continuarão a aumentar nos próximos anos, mas menos do que cresceriam se nada fosse feito.



RUMO A COPENHAGUE

O que é: A Conferência do Clima da ONU em Copenhague é uma reunião que ocorrerá em dezembro deste ano. Quase 200 países tentarão
chegar a um acordo climático, com o objetivo de reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global

Importância: Cientistas avaliam que o limite considerado seguro para o planeta é um aumento médio de 2ºC na temperatura. Porém, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem como estão hoje, o mundo aquecerá mais do que isso. Entre as consequências estão o desaparecimento de ilhas, o aumento do nível do mar e da ocorrência de tempestade, a desertificação de alguns territórios e o derretimento de geleiras

Impasse na negociação: Os países ricos têm evitado colocar à mesa números sobre financiamento para as nações mais pobres reduzirem suas emissões e, também, sobre metas de redução de gases-estufa para 2020 (com relação aos níveis de 1990). O ideal seria que os países industrializados cortassem 40% de suas emissões até 2020, segundo os cientistas. Mas as metas já apresentadas estão, em geral, abaixo da ambição necessária

Responsabilidade: Os países desenvolvidos, principalmente os EUA, querem que emergentes como China, Índia e Brasil se comprometam a reduzir suas emissões de CO2. Os países em desenvolvimento resistem a isso, pois alegam que a responsabilidade histórica é dos mais ricos

Protocolo de Kyoto: O acordo definiu para os países ricos uma obrigação de cortar em cerca de 5% suas emissões até 2012, quando acaba o primeiro período de compromisso. Os EUA, porém, não ratificaram Kyoto. As metas de Copenhague entrariam na segunda fase desse protocolo. Porém, agora as nações ricas querem acabar com ele (por medo de os EUA novamente ficarem fora) e sugerem a criação de outro acordo, o que os países pobres consideram quebra de confiança
COMENTÁRIOS
Vão destruir a Economia Por Nada

Ter, 03/11/09 11:23 , smartduck@estadao.com.br

Não há nenhuma prova científica que o CO2 cause aquecimento, muito menos o produzido pelo homem, que é 5% do total. Como pode um governo maluco cortar 40% das emissões sem destruir a economia? Tudo emite CO2, todas as máquinas e até a gente ! E para quê? Para agradar a ONU? Qual a vantagem para o Brasil? nenhuma ! Onde está o debate? Onde estão os muitos cientistas que já expuseram essa mentira? Não se toma uma decisão radical como essa baseada na palavra do Al Gore do ex-terrorista maluco Carlos Minc. Brasileiros, estão traindo a pátria. Vejam no Google as dezenas de artigos e documentários mostrando que o aquecimento é causado pelo sol e regulado pelos oceanos.

Lindo!!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"A vida só se dá pra quem se deu" - Vinícius!

O Haver - Vinícius de Moraes

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter...

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade...

Resta essa tristeza diante do cotidiano; ou essa súbita alegria ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido...

Resta essa capacidade de rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil e essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração de quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é...

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória.
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte..

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha...

domingo, 4 de outubro de 2009

Pra mudar a minha vida!!!

Queria tanto te dizer que eu já não te amo
que seu amor em minha vida foi mais um engano
Até quando eu tenho que fingir?
Se a minha boca morre de vontade do seu beijo...

Queria esquecer você apenas um momento
mas nunca consegui tirar você do pensamento
Quando eu digo que não devo te amar
o meu coração me diz te quero e não tem jeito

Eu sempre fiz de tudo pra me apaixonar
até um dia alguém deixar saudade no meu peito
Agora eu tenho medo
Agora eu tenho medo

Você chegou, me deixou sem saída
Me fez te querer quando eu não mais queria
Você me fez amar quando eu dizia não
e acreditar que no seu coração,
tinha o grande amor que eu sonhei um dia...

Você chegou quando a dor mais doía
e me encontrou quando eu me perdia
Acho que foi Deus que te mandou pra mim
pra recomeçar e me fazer feliz, por toda a vida.

Eu sempre fiz de tudo pra me apaixonar
até um dia alguém deixar saudade no meu peito
Agora eu tenho medo
Agora eu tenho medo

Você chegou, me deixou sem saída
Me fez te querer quando eu não mais queria
Você me fez amar quando eu dizia não
e acreditar que no seu coração,
tinha o grande amor que eu sonhei um dia...

Você chegou quando a dor mais doía
e me encontrou quando eu me perdia
Acho que foi Deus que te mandou pra mim
pra recomeçar e me fazer feliz, por toda a vida.

domingo, 19 de julho de 2009

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO (THE BOY IN THE STRIPED PYJAMAS) - 2008 - Inglaterra, EUA

diretor
Mark Herman
roteiro
Mark Herman
fotografia
Benoit Delhomme
montagem
Mike Ellis
música
James Horner
elenco
Asa Butterfield, Jack Scanlon, David Thewlis, Vera Farmiga
produtor
David Heyman
produtora
Miramax Films
100 minutos
color, 35mm

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

Perspectiva Internacional
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO (THE BOY IN THE STRIPED PYJAMAS) - 2008 - Inglaterra, EUA

Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto ao seu redor conforme seus encontros com Shmuel se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras.

Pandemia de gripe pode durar dois meses e afetar até 67 milhões

A pandemia de gripe suína pode durar dois meses em grandes centros urbanos, segundo estudo do Ministério da Saúde que levou em conta contaminação por vírus como o Influenza A (H1N1).
Mais 7 mortes são confirmadas no Brasil; total chega a 11Mesmo com 11 mortes, ministro diz que momento é de tranquilidadeBrasil tem 1.175 casos de gripe suínaSaiba mais sobre a gripe suínaSaiba quais são os sintomas da gripe suínaVeja como lavar as mãos corretamente e se prevenir contra a gripe
Os cenários estão na terceira versão do documento "Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza", publicado em abril de 2006 pelo Ministério da Saúde, aponta reportagem de Hélio Schwartsman, publicada neste domingo pela Folha (apenas para assinantes).
Segundo o estudo, epidemias de influenza em grandes centros urbanos se caracterizam pelo início abrupto, atingem seu pico em duas ou três semanas e se prolongam até completar cinco a oito semanas. Isso significa que os números ainda vão piorar antes de melhorar.
A pandemia de gripe provocada pela nova variante do vírus A H1N1 poderá atingir entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros ao longo das próximas cinco a oito semanas. De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.
O estudo do governo trata de um modelo matemático estático criado por epidemiologistas com base no perfil de pandemias anteriores.
Por ser um esquema genérico e não um estudo específico para o atual vírus, são necessários alguns cuidados ao extrapolá-lo para o presente surto.
É possível que alguns dos pressupostos contidos no modelo não valham para o H1N1, cujos parâmetros de transmissão e morbidade ainda não são bem conhecidos, como explicou Eduardo Hage, diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério.
Comparação
Em nota, o MInistério da Saúde esclareceu que "não há modelos matemáticos disponíveis no mundo para se realizar uma projeção sobre o número de pessoas que serão afetadas pela Influenza A (H1N1). Todos os cálculos contidos no Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza são referentes a uma possível pandemia da Gripe Aviária, causado pelo vírus (H5N1), que não ocorreu, e outras pandemias. Os parâmetros utilizados não são validos para esta pandemia, que se apresenta com taxa de letalidade abaixo do que foi estimado para a influenza aviária. A única publicação sobre o tema da Gripe A (H1N1) foi feita, no inicio da pandemia, em uma pequena localidade isolada de um estado do México, com um pouco mais de 600 casos. Ou seja, não pode ser aplicado para a atual fase cenário".
Para o ministério, portanto, não é possível criar uma projeção utilizando os estudo. "Veja que, passados mais de 80 dias desde o alerta a Organização Mundial de Saúde, não se registrou mais do que 120 mil casos em todos os 122 países afetados --oito com transmissão sustentada da doença--, até a última quarta-feira. O influenza A (H1N1) é um vírus novo e seu comportamento está sendo acompanhado, não havendo evidencias científicas acumuladas suficientes até o presente momento. A ação das autoridades mundiais, nesse momento, é dirigida prioritariamente para evitar a ocorrência de casos grave e mortes pela doença."
OMS
Anteontem (17), a OMS (Organização Mundial de Saúde) desistiu de contar os casos individuais de gripe suína e não irá mais emitir boletins globais sobre o número de doentes. Segundo a organização, manter a conta de infectados é muito dispendioso, pois o vírus se espalha rapidamente.
"Nas pandemias anteriores, os vírus gripais precisaram de mais de seis meses para se propagar tanto como aconteceu com o novo vírus A [H1N1] em menos de seis semanas", afirmou em um comunicado, a organização com sede em Genebra.
Ela também acrescentou que a contagem dos casos individuais já não é essencial (nos países mais afetados) para seguir o nível ou a natureza do risco causado pelo vírus ou para dar indicações sobre a melhor resposta para a doença.
"Em alguns países, a análise sistemática dos casos suspeitos mobiliza a maior parte das capacidades dos laboratórios, o que deixa pouca margem para o acompanhamento e as pesquisas de fatos excepcionais", destacou a OMS para justificar sua decisão de não proporcionar mais estatísticas mundiais.
A organização pediu aos países afetados que sigam "de perto os fatos incomuns", como, por exemplo, as infecções graves ou mortais em grupos de população, os sintomas pouco frequentes que possam apontar mutação do vírus. A OMS se limitará a partir de agora a informar sobre os novos países afetados.
"A OMS continuará pedindo a esses países que comuniquem os primeiros casos confirmados e, à medida do possível, deem a cada semana cifras e descrições epidemiológicas dos novos casos", segundo a nota publicada.
De acordo com a OMS, já foram reportados 95 mil casos da gripe suína no mundo, incluindo 429 mortes. No entanto, estes dados são ultrapassados pela velocidade do vírus.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cesta básica ficou mais barata na maioria das capitais no semestre, mostra Dieese

Maior queda, de 9,02%, foi registrada em Florianópolis. Cesta mais cara segue sendo a encontrada em Porto Alegre, a R$ 253,66.

O primeiro semestre deste ano trouxe uma boa notícia para os consumidores: a cesta básica ficou mais barata em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior queda, de 9,02%, foi registrada em Florianópolis. O levantamento mostra que o conjunto dos itens essenciais também teve queda acentuada de preço em Aracaju (-8,76%), Brasília (-8,41%), Belo Horizonte (-5,24%) e São Paulo (-4,76%). As únicas capitais pesquisadas a registraram aumento no preço da cesta básica no período foram Recife (3,99%), Salvador (3,08%), Goiânia (1,62%) e Belém (1,28%).

Capital Variação no ano(%) Valor (R$)
Aracaju -8,76 /176,35
Fortaleza -4,38/ 188,67
Florianópolis -9,02/ 217,46
Curitiba -6,92/ 213,52
Belo Horizonte-5,24/ 218,18
Vitória -0,11/ 227,30
Belém 1,28/ 201,60
São Paulo -4,76/ 228,10
Salvador 3,08/ 199,01
Porto Alegre -4,39 /243,66
Manaus -5,32 /213,82
Goiânia 1,62/ 212,82
Natal -5,59 /200,91
Rio de Janeiro-8,17 /220,20
Recife 3,99 /190,93
João Pessoa -6,61 /187,30
Brasília -8,41/ 216,29

Junho
Na comparação entre maio e junho, houve alta no preço da cesta básica em 12 das 17 regiões pesquisadas. As maiores elevações foram registradas em Aracaju (4,47%), Fortaleza (1,80%), Florianópolis (1,53%) e Curitiba (1,04%). Em cinco capitais houve queda no preço da cesta: em Brasília, a queda foi de -2,28%, em João Pessoa foi de -0,90%, em Recife -0,45%, no Rio de Janeiro -0,37%, e em Natal -0,12%. Apesar da alta (0,09%), Porto Alegre permanece com o maior custo da cesta de alimentos básicos, de R$ 253,66. A capital paulista, também com pequena alta, de 0,33%, apresenta o segundo maior valor da cesta, de R$ 228,10. Já as cestas mais baratas foram registradas em Aracaju (R$ 176,35) e João Pessoa (R$ 187,30).
Produtos
Entre os produtos, o Dieese apontou que as pressões para cima nos preços dos alimentos na passagem de maio para junho ocorreram naqueles itens de menor peso: o leite ficou mais caro em 15 capitais, especialmente no Rio de Janeiro (16,97%), Vitória (15,97%) e São Paulo (12,73%). O óleo de soja aumentou em 13 cidades lideradas por Recife (5,30%), Aracaju (5,22%) e Natal (4,89%). Já o pão, segundo produto de importância da cesta, aumentou em 11 capitais no mês de junho, com destaque para Recife (2,80%), seguida por Aracaju (2,70%) e Vitória (1,09%).

Antes de G8 Lula cobra ajuda para países pobres combaterem crise

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que vê poucas ações dos países ricos para ajudar os países pobres a combater os efeitos da crise financeira internacional.
Lula está na Europa, onde participará nesta semana de reunião com os líderes dos principais países desenvolvidos e em desenvolvimento no encontro do G8 e do G5. O evento ocorrerá em L'Aquila, na Itália, para onde o presidente irá depois de visitar a França.
"Eu estou vendo pouca coisa acontecer por parte dos países ricos na ajuda que deveriam dar. Nós precisamos cobrar as coisas que nós decidimos que o FMI (Fundo Monetário Internacional) iria fazer e que o Banco Mundial iria fazer, e acho que essa reunião é extremamente importante", afirmou Lula em seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente".
Lula reafirmou que as discussões sobre a conjuntura econômica mundial deveriam ser realizadas pelo G20, grupo que reúne mais países em desenvolvimento. Para o presidente, ao tomarem decisões, os países desenvolvidos devem levar em consideração a opinião dos chamados Brics --Brasil, Rússia, Índia e China. A próxima reunião do G20 ocorrerá em setembro.
"O grande fórum de discussões das questões econômicas deveria ser o G20", destacou o presidente.
"A verdade é que a situação está tão complicada que hoje é muito difícil os países ricos tomarem posição que não leve em conta os chamados Brics, os chamados países emergentes, dos quais faz parte o Brasil", acrescentou.
A situação econômica internacional será o principal assunto das reuniões do G8 e do G5, em que deverão também ser discutidos crises regionais, segurança alimentar, a luta contra as mudanças climáticas e o comércio internacional.
Citando recente decisão do Brasil de facilitar a legalização de imigrantes, Lula criticou os países desenvolvidos.
Segundo o presidente, "enquanto eles (países ricos) estão perseguindo os imigrantes", o governo dá uma "demonstração do tratamento especial que o Brasil quer dar aos nossos irmãos que vieram de outros países para tentar a sorte no Brasil".
(Reportagem de Ana Paula Paiva; Edição de Fernando Exman)

Recessão leva 90 milhões de pessoas à extrema pobreza, diz ONU

Por Robert Evans
GENEBRA (Reuters) - A recessão econômica reverteu 20 anos de declínio da pobreza mundial e deve colocar em 2009 mais 90 milhões de pessoas no ranking dos que passam fome no planeta, um aumento de seis por cento em relação aos dados atuais, informou a ONU nesta segunda-feira.
A estimativa, apresentada num relatório sombrio sobre um programa desenvolvido há dez anos pela ONU para conduzir países pobres ao desenvolvimento até 2015, indica que 17 por cento dos 6,8 bilhões de habitantes do mundo estarão classificados como extremamente pobres no fim de 2009.
"Em 2009, entre 55 a 90 milhões de pessoas a mais do que o previsto antes da crise estarão vivendo em extrema pobreza", diz o relatório, apresentado em Genebra pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
Intitulado "Relatório de Metas de Desenvolvimento do Milênio", o documento também alerta que o recente declínio na ajuda externa -- apesar das promessas de países ricos de aumentar o fluxo de recursos -- provavelmente vai causar mais doenças e agitação social no hemisfério sul.
Em um discurso no Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc, na sigla em inglês), Ban fez um apelo às nações industrializadas do Grupo dos Oito para que aumentem a ajuda, especialmente para a África, no próximo ano, dizendo que as promessas feitas por eles anteriormente ficaram aquém do anunciado.
"Faço um chamado ao G8 para explicitar, país por país, como os doadores ampliarão a ajuda à África no próximo ano", disse Ban em um discurso voltado para o encontro do G8 entre 8 e 10 de julho, em Aquila, cidade no centro da Itália, do qual ele participará.
"A credibilidade do sistema internacional depende de quanto os doadores aportarão", acrescentou. "A decência humana e a solidariedade mundial exige que nos unamos pelos pobres e os mais vulneráveis entre nós", afirmou Ban, em outra reunião, mais tarde.
Em uma cúpula na Escócia, em 2005, líderes do G8 prometeram elevar a assistência aos países em desenvolvimento a cerca de 50 bilhões de dólares até 2010, da qual metade iria para a África. Mas a ajuda continuou sendo de pelo menos 20 bilhões de dólares a menos do que a meta fixada em Gleneagles, na Escócia, disse ele.
Os recursos poderiam ajudar a mudar muitas vidas, mas o atraso na entrega combinado às mudanças climáticas e à crise financeira estão reduzindo o progresso nos países pobres, afirmou Ban no início de três semanas de reuniões do Ecosoc, em Genebra.
As pessoas que vivem na pobreza -- definida pela ONU como as que têm rendimentos de menos de 1,25 dólares por dia - já sofreram bastante com a crise financeira e econômica nos últimos dois anos.
De acordo com dados da ONU, em 1990 a proporção de pessoas que passavam fome era de 20 por cento da população mundial, mas em 2005 caíra para 16 por cento -- número que refletiu o aumento da prosperidade, especialmente na Ásia, estimulada pela expansão do comércio mundial.
A reversão começou em 2008, em parte como consequência do aumento dos preços dos alimentos no mundo, diz o relatório. Embora o custo dos produtos básicos tenha voltado a cair por volta do fim do ano passado, isso não tornou os alimentos mais acessíveis para a maioria das pessoas no mundo.
(Reportagem adicional de Stephanie Nebehay e Laura MacInnis)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Meio ambiente x Direitos humanos

01-07-09

Dentre os fatores de sucesso para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, o que pode ser plenamente entendido como sinônimo de cidadania ou simplesmente direitos humanos, está o processo de educação ambiental.
Segundo os maiores especialistas, a educação ambiental ensina regras claras para as relações do homem com o meio ambiente e com a natureza. Essas regras são de vital importância, pois, mesmo sendo o homem um elemento da própria natureza, ele é um agressor em potencial.
A preservação dos elementos bióticos e abióticos dos ecossistemas, além dos recursos naturais, é indispensável para o equilíbrio do homem com a natureza, pois sem esses elementos é impossível a sobrevivência humana.Nesse sentido, a educação ambiental deve começar nas escolas.As crianças no processo de aprendizagem e formação escolar podem muito cedo aprender a preservar e a entender a importância dos recursos naturais para nossa vida. Governos têm implantado suas políticas de educação ambiental, seguindo a diretiva maior, que é a Política Nacional de Educação Ambiental, mas ainda temos poucos exemplos práticos de sucesso.
Os centros urbanos têm sofrido muito com o aumento populacional, fato esse que está diretamente relacionado com o desequilíbrio ambiental em nossas metrópoles. A cada ano as reservas de alimento precisam ser garantidas, fazendo com que a pressão do homem sobre a terra aumente cada vez mais, objetivando sua expansão para a agricultura.Mais gente consumindo, mais lixo sendo gerado, e assim por diante. A educação ambiental é de vital importância para o aprendizado desse equilíbrio.Além do preocupante crescimento das populações, é preocupante como o homem administra mal os recursos naturais e a biodiversidade. Desmatamentos, queimadas e poluição das águas com despejos industrias e domésticos são alguns exemplos da má utilização dos recursos naturais, o homem polui a própria água que ele utilizará.Nossa espécie não sabe preservar;ela mesma desequilibra e não pensa no amanhã, nas gerações futuras que ainda utilizarão esses recursos. Dessa forma, podemos afirmar que os direitos do homem com relação ao meio ambiente, ele mesmo não os preserva adequadamente, o que pode gerar um antagonismo quando o mesmo homem requer cidadania.
Os mecanismos de atuação ambiental dos governos podem ajudar nesse processo de educação ambiental.Instrumento como conselhos municipais de defesa do meio ambiente, fiscalização por parte dos órgãos do Sisnama (como as secretárias municipais do meio ambiente) são importantes nesse processo. Sem educação ambiental sustentável, corre-se um grande risco.
A qualidade de vida do homem depende da qualidade e estabilidade do ambiente onde ele vive, trabalha e retém o seu sustento. Ar e água poluídos, alimentos contaminados por agrotóxicos e outros tipos de poluição urbana e industrial afetam drasticamente a qualidade de vida do homem. Pode-se concluir que, para se manter a qualidade de vida e até mesmo a vida sob a terra, as sociedades humanas devem mudar radicalmente sua postura e suas ações em relação ao meio ambiente.Esse fenômeno somente será possível através da educação ambiental, não só de crianças, mas também de adultos, da população e dos trabalhadores em geral.A educação ambiental é um processo de conscientização. As pessoas precisam aprender a mudar seu relacionamento com o meio ambiente.
Nossa esperança é que, através da educação ambiental, possamos atingir esse grau de conscientização e equilíbrio em prol da preservação do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável e principalmente da qualidade de vida das pessoas.Onde há qualidade de vida há cidadania e direitos humanos assegurados.

Professora DULCE

terça-feira, 30 de junho de 2009

ABRAÇO

"Existem momentos na vida em que palavras se fazem desnecessárias, e tudo o que mais precisamos é de um ABRAÇO, porque palavras nem sempre são verdadeiras. O Abraço traduz aquilo que nem mesmo um milhão de palavras, sorrisos e magoas traduziriam juntos."

Mário Quintana

"Da primeira vez..."

Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...

Clarice Lispector

(...) farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...

A cor da Saudade

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro encantado.Ele era encantado por duas razões: não vivia em gaiolas, vivia solto e vinha quando queria, quando sentia saudades... Sempre que voltava, suas penas tinham cores diferentes, as cores dos lugares por onde tinha voado. Certa vez, voltou com penas imaculadamente brancas e contou histórias de montanhas cobertas de neve. Outra vez, suas penas estavam vermelhas e contou histórias de desertos incendiados pelo sol. Era grande a felicidade quando eles estavam juntos. Mas, sempre chegava a hora do pássaro partir... A menina chorava e implorava: - Por favor, não vá. Terei saudades, vou chorar. - Eu também terei saudades - dizia o pássaro - mas vou lhe contar um segredo! Eu só sou encantado por causa da saudade. É ela que faz com que minhas penas fiquem bonitas... senão você deixará de me amar. E partiu. A menina, sozinha, chorava. Uma certa noite ela teve uma ideia: e se o pássaro não partir? Seremos felizes para sempre! Para ele ficar, basta que eu o prenda numa gaiola. E assim o fez. A menina comprou uma gaiola de prata, a mais linda que encontrou. Quando o pássaro voltou, eles se abraçaram, ele contou histórias e adormeceu. A menina aproveitou o seu sono e o engaiolou. Quando o pássaro acordou deu um grito de dor. - Ah ! O que você fez? Quebrou o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das histórias. Sem a saudade, o amor irá embora... A menina não acreditou... achou que ele se acostumaria. Mas, não foi isso o que aconteceu. Caíram as plumas e as penas transformaram-se em um cinzento triste. Não era mais aquele o pássaro que ela tanto amava... Até que ela não aguentou mais e abriu a porta da gaiola. - Pode ir, pássaro - disse - volte quando você quiser... - Obrigado - disse o pássaro - irei e voltarei quando ficar encantado de novo. Você sabe, ficarei encantado de novo quando a saudade voltar dentro de mim e dentro de você. Quantas vezes aprisionamos a quem amamos, pensando que estamos fazendo o melhor? Pense... deixar livre é uma forma singela de ter... Direcione o seu amor não para a prisão e sim para a conquista, sempre.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Protágoras escreveu a seguinte frase enigmática até hoje para a ciência:

Protágoras escreveu a seguinte frase enigmática até hoje para a ciência:"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são."

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Transamazônica: quase 40 anos de polêmica e descaso


A Transamazônica, ou rodovia BR-230, teve projeto lançado em 1970


Os problemas persistem na polêmica rodovia que pretende cruzar o País e continua impactando de forma negativa os trechos por onde passa.

Um dos mais ricos e importantes ecossistemas do planeta, a Amazônia, ainda sofre pela falta de comunicação, tanto física quanto tecnológica, a que está submetida. Prestes a completar 40 anos, a estrada que prometia ser parte da solução para esse dilema que afeta o desenvolvimento da região se tornou parte do problema. Com a meta de atravessar de leste a oeste a maior floresta tropical do mundo, a Transamazônica (ou rodovia BR-230), teve seu projeto lançado durante o governo Médici em 1970. O plano era faraônico: teria início com a construção de duas vias, uma saindo de João Pessoa (PB) e outra de Recife (PE), e as duas se uniriam em Picos (PI), chegando finalmente a Boqueirão da Esperança (AC). Nesse ponto final, localizado no estado mais a oeste do País, estaria um caminho prático e rápido para escoar a produção brasileira pelo Peru até o Oceano Pacífico e conectar mais facilmente, assim, a Amazônia ao mundo.

Hoje, décadas depois, a situação dos povos e do meio ambiente ao seu redor são tão alarmantes que a rodovia já foi rebatizada de “Transamargura” e “Transmiseriana”. Não à toa: com cinco mil quilômetros (dos oito mil previstos inicialmente) construídos, a estrada equivale a uma porteira escancarada para problemas socioambientais, como violência rural, desmatamento desenfreado e, principalmente, obstáculos ao desenvolvimento das comunidades e pequenos proprietários – público, ao menos no papel, que seria beneficiado primordialmente com a construção da rodovia.

A realidade do abandono e desmatamento pode ser vista mesmo do espaço: imagens de satélite mostram que os trechos da rodovia que ainda estão abertos se ramificam e compõem um retrato que lembra o desenho de uma espinha de peixe. Nos meses de seca, a estrada fica mergulhada na poeira. No período de chuva, que vai de outubro a março do ano seguinte, veículos atolam constantemente e linhas de ônibus param de circular em vários trechos.

“A rodovia era estratégica do ponto de vista geopolítico e social”, explicou, ao portal ComCiência, Aristón Portugal, agricultor e membro da coordenação executiva da Fundação Viver, Produzir, Preservar (FVPP), entidade de Altamira (PA) que congrega cerca de 120 organizações da região. Com a rodovia, Portugal conta que o Regime Militar pretendia diminuir a pressão social pela reforma agrária, além de colonizar a região norte brasileira, seguindo o lema de “integrar para não entregar”. “Do ponto de vista econômico, a Transamazônica sempre foi vista como secundária. Já a partir de 1975, o governo sumiu da área. As pessoas ficaram jogadas numa situação – um clima extremamente quente, com chuvas violentas e duradouras, estradas de terra como única infraestrutura – que em outras partes do País seria considerada de calamidade natural. Foi o caos total”, afirma.

Mesmo fazendo parte do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), as reformas na BR-230 seguem o ritmo de morosidade. Estavam previstos, desde 2007, R$ 950 milhões no projeto para a pavimentação de 835 quilômetros de estrada e a construção de diversas pontes, visando integrar a BR-163, no Pará, a ferrovia Carajás e a Hidrovia do Tocantins. Até agora, “estão pavimentados em torno de 198 quilômetros, alternados, no subtrecho da divisa Tocantins/Pará”, esclareceu ao site Notícias da Amazônia João Bosco Lobo, superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nos estados do Pará e Amapá. Segundo ele, a falta de um ponto final nesse empreendimento se deve à falta de recursos e de licença ambiental. “Em alguns segmentos, que contabilizam 480 quilômetros, ainda não existe nem mesmo um projeto básico e executivo”, denuncia.

Segundo o Ministério dos Transportes, até o ano passado circulavam 580 veículos por dia pela Transamazônica. Destes, 60% para transporte de carga, composto especialmente por madeireiros. A rodovia tem quase dois terços (3,2 mil quilômetros) de sua extensão localizados nos estados do Tocantins, Pará e Amazonas, e concentra todo o tráfego do sistema rodoviário nordestino destinado à Amazônia. O recapeamento dos trechos pode facilitar o escoamento da produção de cacau, leite, carnes, grãos e madeira e ajudar a integrar a região.

domingo, 21 de junho de 2009

Documentário sobre massacre indígena vence festival de cinema ambiental

Luana Lourenço
Enviada Especial -21 de Junho de 2009 - 11h26-


Goiás (GO) - O documentário Corumbiara, de Vincent Carelli, foi o vencedor do grande prêmio do 11° Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), entregue ontem (20) à noite. O filme mostra o massacre de um grupo de índios isolados na Gleba Corumbiara, em Rondônia, na década de 1980.

Carelli coordenava o projeto Vídeo das Aldeias quando soube do massacre, denunciado pelo indigenista Marcelo Santos. O cineasta filmou as evidências, mas foi desacreditado, e a história caiu no esquecimento. Em 1995, Carelli voltou à região, encontrou uma aldeia abandonada e índios isolados, tudo também registrado no documentário.

“Só o cinema poderia resgatar uma história como essa, um crime de genocídio que o país simplesmente ignorou. É uma história emblemática, uma face oculta da história do Brasil”, desabafou Carelli ao receber o Troféu Cora Coralina, mais uma premiação de R$ 50 mil.

Na categoria melhor longa-metragem, o norte-americano Uma Mudança no Mar, de Barbara Ettinger, foi o vencedor. Com imagens captadas em mares do mundo inteiro, o documentário mostra o fenômeno da acidificação dos oceanos, provocada pelo aquecimento global.

O curta-metragem Mar de Dentro, de Paschoal Samora, emocionou a plateia e os jurados com histórias de pescadores e levou o prêmio de R$ 25 mil da categoria.

O documentário Kalunga, de Luiz Elias e Pedro Nabuco, que levou às telas a história do maior território quilombola do país, no norte de Goiás, ganhou o troféu do júri popular.

Veja a lista completa de vencedores do 11° Fica
Maior destaque do festival
Corumbiara, de Vincent Carelli, 2009

Melhor longa-metragem
Uma Mudança no Mar, de Barbara Ettinger, Estados Unidos, 2009

Melhor curta-metragem
Mar de Dentro, de Paschoal Samora, Brasil, 2008

Melhor média-metragem
Arrakis, de Andrea di Nardo, Itália, 2008

Melhor série televisiva
Por Trás do Mundo, de Jakob Gottschau, Dinamarca , 2008 Prêmio especial do júriKalunga, de Luiz Elias e Pedro Nabuco, Brasil, 2009

Troféu Imprensa
A Árvore da Música, de Otávio Juliano, Brasil, 2009

Melhor produção goiana
Ressignificar, de Sara Vitória, Brasil, 2009
A Última Mordida, de Ângelo Lima, Brasil, 2009

Menções honrosas
Sem Grandes Problemas, de Yacine Sersar, França, 2008
Bode Rei, Cabra Rainha, de Helena Tassara, Brasil, 2008
Morrendo em Abundância, de Yorgos Avgeropoulos, Grécia, 2008

*A repórter viajou a convite da organização do evento

sábado, 20 de junho de 2009

Eu nasci em...

Eu nasci em 2 de junho de 1955, num dia muito , muito frio, assim, afirma minha mãe.
Lá estava eu irritada por esperar, querendo sempre mais, deixei aquele lugar calmo, tranquilo, quentinho do ventre da mãe, para me expor , se aventurar, começar a lutar , muito antes do combinado.
Sabe porque? Não era o tempo previsto, resolvi nascer 2 meses antes. Imagina nascer de 7 meses em 1955.Então ,eu nasci.Um projeto de ser humano, com características bizarras, com apenas 1kg e meio.Assustei minha mãe, e talvez os médicos e enfermeiros. Nasci, com diagnóstico de "vida "2 dias, me colocaram numa incubadora ... dois dias se passaram , eu ainda viva,fui ficando, se alimentando com conta gotas de leite materno, sobrevivendo com as gotas do leite da vida!Nem força para sugar eu tinha, mas teimava.Foram longos dias , ao total 40, dentro de uma incubadora.Sobrevivi.Desafiei a medicina da época.Comecei a vencer batalhas.
Depois, eu conto mais...

Dilma cita Ciro como vice em chapa governista

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a afirmar ontem que ainda está pensando sobre a possibilidade de disputar o governo de São Paulo em 2010. Mas, em visita a um evento com sindicalistas na capital paulista, ele cumpriu roteiro típico de candidato. No Ceará, também em clima de campanha, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do Planalto à sucessão presidencial, não descartou ter o deputado como postulante a vice. "Se eu puder escolher, independente do ano, quero Ciro ao meu lado", afirmou, em visita a um conjunto habitacional em Fortaleza, anteontem. Já Ciro deixou em aberto uma candidatura em São Paulo. "Estou pensando", disse o deputado, assim que chegou à sede da Força Sindical para um congresso do Sindicato dos Metalúrgicos. Sobre uma dobradinha com Dilma afirmou que "ninguém é candidato a vice".Ciro percorreu quatro andares do prédio, entrando e saindo de auditórios e fazendo discursos. Com um vocabulário familiar à plateia - formada em sua maioria por nordestinos - , ele falou da sua trajetória no Nordeste, apesar da origem paulista, e citou realizações que beneficiaram diretamente a classe operária, como a medida provisória, assinada por ele quando ministro, que instituiu a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das empresas.Dilma também se comportou como candidata. Caminhou pelas casas, abraçou e beijou moradores e tomou cafezinho na barraca de um ambulante, mas não falou de política. ALIANÇACiro, que nasceu no interior paulista, mas fez sua vida política no Ceará, vem sendo cotado para concorrer ao governo paulista em aliança com o PT. A hipótese provoca polêmica entre os petistas que querem candidato próprio.O deputado preferiu não polemizar. "O PT faz muito bem." E classificou como especulação uma postulação em São Paulo. "Isso está no plano rigoroso da especulação", defendeu. Mas não descartou a possibilidade. "Evidente que alguns fatos acabam se reproduzindo a partir de especulações." Em público, o deputado vem dizendo que está se preparando para disputar a Presidência. Aos sindicalistas, confidenciou que não se interessa mais em disputar uma cadeira para deputado. À distância, Ciro e a ministra trocaram elogios. "Convivi com ele durante quatro ou cinco anos e o acho um homem leal e de coragem", disse Dilma. "A ministra é uma pessoa extraordinária, minha companheira e amiga", afirmou Ciro.
Carmem Pompeu e Silvia Amorim

Atuação Temática - De Olho no Orçamento

Atuação Temática - De Olho no Orçamento
Desgoverno Serra - 17/06/2009
Governador eleva carga tributária e números indicam que suas metas não serão cumpridas


Em média, cada cidadão paulista paga, por ano, R$ 2.268 em tributos e esse valor aumenta ano a ano, nas seguidas gestões tucanas no Estado de São Paulo. Em seis anos, o crescimento da carga tributária per capita cresceu mais de 30%. Este foi um dos indicadores do estudo apresentado pela Bancada do PT na Assembleia Legislativa, em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (17/6).
“Um dos fatores para o recorde de excesso de arrecadação do Estado, de 13% em 2008, e aumento da carga tributária é política de substituição tributária para frente que o governo Serra impõe às empresas paulistas. É uma política que arrocha os micros e pequenos”, destacou o líder da Bancada petista, deputado Rui Falcão.
Neste mesmo sentindo, o deputado Adriano Diogo enfatizou que “a substituição tributária onera quem produz, onera o comerciante e onera o consumidor”.
Números indicam: Serra não conseguirá cumprir metas prometidas até 2011
O estudo da Bancada petista também mostra que 64% das metas estabelecidas no Plano Plurianual 2008/2011 (PPA), para a execução de programas e ações do governo Serra, não foram cumpridas.
O estudo leva em conta o executado em 2008 mais o que prevê o Orçamento em vigor de 2009 e as metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2010. A soma destes três anos deveria cumprir, ao menos, 75% do previsto para ser realizado até o final de 2011. No entanto, das 1.192 ações previstas no PPA, 761 não atingem os 75%. “Isto demonstra que dificilmente o governador Serra irá cumprir seu programa de governo”, destacou o deputado Rui Falcão.
Mesmo ações que o governador faz grande propaganda, como obras do Metrô (linha 4) e expansão do ensino público tecnológico apresentam baixa execução: 62,5 % e 55%, respectivamente.
A terceira etapa do programa Saneamento do Rio Tietê, para coletar e tratar esgoto, até o momento, não teve nenhum andamento, apresentando zero de execução. Também dos 23 piscinões previstos, apenas oito foram construídos.
Na área da Saúde, foi cumprida apenas 59% da meta de atendimentos médico e hospitalar e 53% do compromisso na fabricação e distribuição de medicamentos. Das obras previstas para o Hospital das Clínicas de São Paulo, o governo realizou só 23%. Na Habitação, o programa de urbanização de favelas, por exemplo, terá que realizar, em 2011, 62% do prometido.
Deputados criticam inércia de Serra frente à crise econômica
Para os deputados do PT, o governador Serra tem uma política em sentido oposto a praticada pelo governo Federal. “Enquanto o governo Lula baixa tributos, como são os exemplos do IPI para os carros, eletrodomésticos da linha branca e materiais de construção, que incentiva a produção e o consumo, o governador, aqui em São Paulo, acaba com o varejo, na medida que a aplicação da substituição tributária para frente impede descontos e até as tradicionais liquidações”, explica Falcão.
Adriano Diogo questionou: “qual é a contribuição do governador Serra para a atividade produtiva?”.

Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil

Home > Bom Dia SP > 19/06/2009 >


Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil
Cerca de três milhões de crianças menores de cinco anos devem ser imunizadas na primeira fase da campanha, que será realizada neste sábado.
Começa neste sábado a primeira fase da campanha de vacinação contra a paralisia infantil. Pais e responsáveis devem levar crianças com menos de 5 anos para se vacinarem contra a paralisia infantil.

A ação, que acontece em todo o território nacional, tem o objetivo de manter a erradicação da paralisia infantil no país.

O site http://portal.saude.sp.gov.br/content/dodebrehot.mmp tem outras informações sobre a campanha.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Secretaria recolhe 2º mapa com erro

Secretaria recolhe 2º mapa com erro
Livia Sampaiodo Agora
Um mapa-múndi distribuído em fevereiro será recolhido da rede estadual por conter erros. O mapa com o planisfério (representação do globo no papel) político traz as linhas divisórias entre os Estados brasileiros "ligeiramente deslocadas" em relação à base hidrográfica (dos rios), segundo a Secretaria de Estado da Educação.
Além disso, não há demarcação entre Pará e Amapá, este último também identificado incorretamente. É pelo menos o sétimo recolhimento neste ano. Um dos livros didáticos trazia um mapa com dois Paraguais e sem o Equador.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Paciência...


Paciência...
Música marca uma vida
Lembranças com toque musical
Momentos decisivos,sensíveis
Minha filha e eu, cantamos e escutamos
Numa cumplicidade e paciência
Juntas
Batalhas foram vencidas
Muitas já esquecidas
Mas ,a música fica
Temos muita paciência
Falta a tolerância...

Albert Einstein




Albert Einstein


segunda-feira, 15 de junho de 2009

CINEMA & DICAS

'Divã' é premiado no Festival de Cinema de Miami
RIO - O longa-metragem "Divã" foi o grande vencedor do 13º Festival de Cinema Brasileiro de Miami ... Globo Online - Jun 14 12:55 PM


Panorama do Cinema Francês terá Vincent Cassel
A 2ª edição do Panorama do Cinema Francês no Brasil será realizada de 16 a 25 de junho em São Paulo e no Rio de Janeiro. Como atração, a mostra - que faz parte do Ano da França no País - terá a presença de Vincent Cassel, que apresentará o filme Inimigo Público Número 1 , segunda parte de uma série sobre a vida do gangster Jacques Mestine, que começou com Instinto da Morte .Terra Cinema & DVD - Jun 15 12:30 PM


"Divã" é o grande vencedor do Festival de Cinema de Miami
O filme "Divã", de José Alvarenga Jr., foi o grande vencedor da 13ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Miami, que se encerrou na noite deste sábado, na Flórida (Estados Unidos).Gazeta do Sul - Jun 14 5:14 AM


Começa amanhã Panorama do Cinema Francês em SP
Nos últimos anos o Brasil vinha sendo um dos dez maiores mercados do mundo para o cinema francês, mas curiosamente, a produção que faz sucesso no País não é a comercial e sim, autoral.Agência Estado via Yahoo! Brasil Notícias - Jun 15 7:00 AM

Narradores de Javé é um filme brasileiro de 2003, do gênero drama, dirigido por Eliane Caffé.
Sinopse
A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever.Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o "autor" da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado.

Dilma diz que redução de juros não afeta estabilidade

Seg, 15 Jun, 06h09
BRASÍLIA (Reuters) - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-b
"Pela primeira vez temos essa possibilidade: reduzir os juros com a estabilidade", disse Dilma em entrevista coletiva, após realizar um balanço das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Distrito Federal.
Segundo Dilma, pré-candidata à sucessão presidencial em 2010, a situação internacional é favorável pois as pressões inflacionárias praticamente deixaram de existir.
"O mundo vive hoje uma pressão que não é inflacionária. O componente existente é deflacionário", disse Dilma.
Sobre o Brasil, a ministra lembrou que a economia do país já dá sinais de recuperação e apresenta uma relação dívida/PIB (Produto Interno Bruto) que é "de fazer inveja a qualquer país da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE)".
"O Brasil hoje vive uma situação confortável no que se refere aos juros, a tendência dos juros", destacou a chefe da Casa Civil. "Não vemos nos próximos anos uma situação de deterioração das contas públicas".
Por isso, sublinhou a ministra, o Brasil tem que "aproveitar essa conjuntura, uma conjuntura muito favorável".
A ministra ressaltou que o Brasil enfrentou a maior crise econômica dos últimos tempos sem ver a deterioração de seus indicadores econômicos. "Nós passamos por um teste de estresse", disse Dilma, acrescentando estar otimista em relação à recuperação da economia doméstica.
"Nós teremos uma recuperação já no final de 2009 e no início de 2010", acrescentou.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o Brasil se encontra em recessão técnica, pois o Produto Interno Bruto diminuiu no último trimestre de 2008 e nos primeiros três meses de 2009. Dois trimestres seguidos de queda são, segundo estudiosos, indicadores de recessão.
A ministra também disse que o governo está insatisfeito com o andamento das obras na ferrovia Transnordestina, que é de responsabilidade da CSN. As obras fazem parte do PAC. A ferrovia integra os Estados do Nordeste.
Dilma disse que o Executivo recebeu bem a decisão da companhia de tentar acelerar as obras com mais frentes de trabalho, mas que não tem como adiantar recursos devido à Lei de Responsabilidade Fiscal.
"Não há nenhuma justificativa para que alguém alegue que não tem os recursos", disse Dilma, acrescentando que o dinheiro previsto no contrato já foi repassado e que só haverá mais liberações de verbas se houver antecipação de obras.
Perguntada como o governo deve reagir às críticas durante a campanha de 2010 de que o PAC é usado com objetivo eleitoreiro, a ministra respondeu que o programa é executado em parceria com governadores de diversos partidos, inclusive da oposição.
"A gente tem que ter a tranquilidade para receber críticas e a seriedade para perceber que o PAC é um programa pluripartidário", concluiu.
(Reportagem de Fernando Exman)

São Paulo tem o maior congestionamento da história

11/06/09 - 09h54 - Atualizado em 11/06/09 - 09h57

São Paulo teve, na noite de quarta-feira, o maior engarrafamento já registrado na história: 293 quilômetros. A companhia de tráfego pôs a culpa no feriado prolongado e na chuva fina.

Em São Paulo, a cada dia fica mais difícil enfrentar o trânsito. A frota, que só aumenta, chegou a 6,5 milhões de veículos. Na quarta-feira, vários fatores complicaram ainda mais a vida dos motoristas: a chuva fina, as dezenas de acidentes e a saída para o feriado prolongado. Milhares de pessoas ficaram presas no trânsito várias horas. Era saída do trabalho, em véspera de feriado. Todo mundo que tinha pressa para chegar em algum lugar ficou parado no caminho. A cena parece sempre a mesma. Mas, dessa vez, foi pior. Recorde em tamanho de congestionamento e de paciência. “Nesse trânsito louco, o que vou fazer? Chorar? Não adianta. Hoje em dia, tem que rir mesmo”, conformou-se um jovem. As vias marginais, que deveriam agilizar o trânsito entre os bairros, ficaram lotadas de carros e caminhões. Na Zona Sul, um incidente: a avenida não foi larga o suficiente para um ônibus, que, preso a uma árvore, paralisou o tráfego bem no cruzamento. “Que chato. Isso fez com que a gente ficasse parado quase uma hora nesse pedaço”, reclamou uma motorista. “Meu Deus do céu! Nao é nem para falar que o motorista do ônibus é profissional”, observou um senhor. Às 19h de quarta-feira, saiu o primeiro balanço da companhia de tráfego: 187 acidentes. Caminhões quebrados: 51. Ônibus quebrados: 20. E carros quebrados: 39. A noite só estava começando. E a chuva complicou mais ainda. Até pedestre tinha que andar devagar. “Choveu, trava tudo. Ninguém anda mais”, disse um rapaz. “Está embaçado o trânsito”, disse um outro jovem, com típica gíria paulistana. Mesmo apos o horário de pico, algumas vias ficaram congestionadas por um bom tempo. Foi o caso da Avenida dos Bandeirantes, principal acesso à Rodovia dos Imigrantes, que leva até o litoral paulista. A previsão da companhia de tráfego é que, neste feriado de Corpus Christi, 1,7 milhão de motoristas viagem. O movimento deve ser maior do que o feriado anterior, de 1º de maio, Dia do Trabalho. Quem saiu na quarta-feira não teve muita sorte, mas guardou para a folga um pouco do bom humor. “Estamos há um tempão tentando chegar em Santos”, disse um senhor. “Não tem estresse não. Está tudo tranqüilo”, disse outro.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1191082-16020,00-SAO+PAULO+TEM+O+MAIOR+CONGESTIONAMENTO+DA+HISTORIA.html

ANÁLISE-Lula conduz Brasil a novo papel mundial

Por Stuart Grudgings
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Quando um líder radical de um sindicato com pouca escolaridade se tornou presidente do Brasil em 2003, muitos acharam que o gigante adormecido da América Latina havia atirado no próprio pé novamente.
Os mercados financeiros haviam desabado no ano anterior diante da perspectiva de ter Luiz Inácio Lula da Silva à frente da economia, e especialistas de Wall Street temiam que o pior ainda estava por vir.
A resposta de Lula foi lembrar investidores, em seu estilo popular que já virou marca registrada, que nem todo barbudo é um "comunista".
"Eles esquecem que Jesus Cristo tinha barba", disse Lula.
Sete anos depois, Lula assume seu lugar em um encontro das principais forças emergentes na próxima semana na Rússia sem precisar disputar seu papel como o salvador para a economia do Brasil e a sua posição global.
Em casa, sua política econômica conservadora superou há muito o pânico de investidores, enquanto programas sociais que ajudaram a tirar cerca de 19 milhões de pessoas da pobreza têm garantido índices de aprovação invejáveis, acima de 80 por cento.
O boom econômico de cinco anos, alimentado pelas exportações de commodities e por uma diplomacia habilidosa, e o charme do presidente, que funciona bem tanto em fóruns mundiais quanto em favelas do Rio de Janeiro, têm ajudado a transformar o Brasil em uma força diplomática e uma liderança do mundo em desenvolvimento.
Em entrevista à Reuters na quarta-feira, Lula elencou uma lista de nações onde ele foi o primeiro presidente brasileiro a visitar desde o século 19, afirmando que sua diplomacia tem por objetivo expandir oportunidades para a economia do país.
"Nos negócios, nós temos que encontrar novos parceiros e as oportunidades que existem. Nós temos feito isso por seis anos e o resultado tem sido extraordinário", disse o presidente.
Livre de grandes preocupações com segurança --diferentemente de seus parceiros do "Bric" (Rússia, China e Índia)-- Lula, de 63 anos, expandiu o papel do Brasil aparentemente sem criar inimigos.
"Ele aproveitou todas as oportunidades que estavam aparecendo", afirmou Richard Bourne, pesquisador sênior do Institute of Commonwealth Studies, de Londres, e autor de um livro sobre Lula.
"Ele veio para ser encarado como um jogador sério, mas não somente ele: o Brasil despertou como um jogador sério."
INVESTIGANDO A HISTÓRIA DE VIDA
É uma grande mudança de 2002, quando economistas e gestores de fundos disseram que Lula seria um desastre para a economia e seus opositores apontavam que a falta de instrução e de habilidade com a língua inglesa seriam desastrosos para a estatura diplomática brasileira.
A grande questão era se o Brasil seguiria o mesmo caminho que a Argentina, que enfrentava grave crise econômica após declarar calote de sua dívida.
Em 2006, o Brasil já tinha antecipado a quitação de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e esta semana anunciou um empréstimo de 10 bilhões de dólares à instituição. As políticas econômicas ortodoxas de Lula geram críticas de membros do seu partido PT, mas claramente garantiram estabilidade econômica.
No ano passado, o Brasil obteve o grau de investimento das agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch e o país superou o pior da crise financeira global.
Lula também tem usado seu magnetismo, empenho e impressionante história de vida --o sétimo filho de uma família pobre, que perdeu um dedo em um torno mecânico na fábrica e se tornou o primeiro líder brasileiro de origem operária.
"O problema do Brasil no passado sempre foi, mesmo quando a economia ia bem, o fato de ser um país tão desigual, sem fundamentos morais para o seu desejo de ter algum nível de influência internacional", afirmou Peter Hakim, presidente da Inter-American Dialogue em Washington.
"A eleição de Lula e sua habilidade de governar mostraram a vibração do Brasil", acrescentou.
Lula tem tirado vantagem dessa boa vontade com uma política externa imperativa que o viu visitar 75 países e abrir 33 embaixadas, 14 delas na África, como parte de uma agenda "sul-sul".
Ele tem liderado esforços dos países em desenvolvimento pelo fim dos subsídios agrícolas, tem se engajado mais em negociações climáticas globais e assumido um papel preponderante na demanda dos países em desenvolvimento por maior influência em meio à crise financeira.
Multinacionais, como Petrobras e Vale, têm prosperado durante o governo Lula, ajudando a expandir os investimentos e influência brasileiros na América Latina e no mundo.
Um agenda igualmente frenética no Brasil, onde ele visita favelas, inaugura obras públicas e tem um programa semanal de rádio, tem ajudado a manutenção da sua popularidade.
"Seu carisma e habilidade de mobilizar a classe pobre tem sido notável", disse Kenneth Maxwell, diretor do Programa de Estudos sobre o Brasil no Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Harvard.
TIRANDO VANTAGEM DA CRISE
Maxwell afirmou que Lula e sua equipe chegaram ao poder esperando mais uma crise financeira dado o histórico de turbulências no Brasil, o que os levou a evitar projetos grandiosos e a aumentar as reservas internacionais. Isso deixou seu governo em boa situação quando a crise financeira abateu o mercado doméstico no ano passado.
Depois de um começo gaguejante, quando, com um otimismo exagerado, disse que a crise chegaria ao Brasil como uma "marolinha", Lula tem mostrado sua capacidade de tirar vantagem de situações ruins.
Ele tem aproveitado para assumir uma posição contra o status quo da economia global, apoiando medidas para impulsionar o papel do G20 ampliado e trabalhando pela primeira reunião do Bric, que ocorrerá na próxima semana.
Críticos apontam que Lula tem problemas em lidar com problemas crônicos do Brasil, como burocracia excessiva, ineficiência de gastos públicos e corrupção, que abalou fortemente seu governo com o escândalo do Mensalão de 2005.
"Ele nunca foi um homem de detalhes, e essa é uma de suas grandes fraquezas", disse Bourne, do Institute of Commonwealth Studies.
Mas uma medida do sucesso de Lula é que agora é a perspectiva de que ele deixará o poder que causa nervosismo. Ele não pode concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 2010 e nenhum dos seus possíveis sucessores parecem capazes de igualar seu carisma.
Hakim, da Inter-American Dialogue, afirmou que o Brasil tem muita sorte por ter tido dois líderes sucessivos que muitos consideram os presidentes eleitos de maior êxito na história da América Latina. O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), também foi um líder respeitado mundialmente, que preparou o caminho para Lula com reformas econômicas cruciais.
"O que vai acontecer quando o Brasil tiver um líder comum? Eu não sei", disse Hakim. "A política é muito errática no Brasil e é muito difícil lidar com ela."
(Reportagem adicional de Todd Benson, Raymond Colitt, Natuza Nery e Ana Paula Paiva)

Greve USP

USP
09/06/2009 - 18h28Polícia prende manifestantes durante protesto pela retirada da PM na USPPublicidadeOTÁVIO PINHEIROColaboração para a Folha OnlineAtualizado às 18h35.Ao menos dois manifestantes foram detidos durante protesto que acontece desde o início da tarde desta terça-feira na USP, informou a Polícia Militar. De acordo com a polícia, entre os manifestantes detidos está o sindicalista Claudionor Brandão --ex-diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) recentemente demitido-- e um funcionário.Almeida Rocha/Folha ImagemPolícia Militar lança bombas de efeito moral durante manifestação ocorrida nesta terça na USP, zona oeste de São PauloSegundo o sindicato dos funcionários da universidade, entretanto, o número de pessoas presas é maior --cerca de dez, incluindo estudantes universitários.Ainda de acordo com o sindicato, a manifestação --que pede a retirada da PM do campus da USP-- começou de forma pacífica. O órgão nega que os manifestantes tenham iniciado o confronto com paus e pedras, e diz que a PM que deu início à briga ao atirar bombas de efeito moral. Não há informações sobre feridos.De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- foi bloqueada pelos manifestantes. Às 18h25, muitos manifestantes haviam se deslocado para a área próxima à reitoria da universidade.Conforme o Sintusp (sindicato dos funcionários), o ato envolveria alunos, funcionários e professores da USP, Unesp e Unicamp, convocados pelo Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas.O grupo pede a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP. Desde o dia 1º, policiais militares permanecem na USP para evitar que funcionários, em greve desde 5 de maio, bloqueiem a entrada de prédios, incluindo o da reitoria, impedindo a entrada dos que não apoiam a greve, que é parcial.Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior --que resultou em dano ao patrimônio.Em resposta à permanência da PM, professores e alunos, que não haviam aderido à paralisação, decidiram entrar em greve na última quinta-feira. Nesta terça, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o governo cumpre uma ordem judicial e, por isso, mantém a PM na universidade."A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa se não cumprir a ordem judicial dada por um juiz", disse.As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis estão paradas desde 25 de maio. Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.ProtestoPara Gabriel Casoni, que faz parte do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP, a reitoria e o governo estadual adotaram uma política impeditiva ao diálogo e optaram por usar força policial para impor seus interesses. "Por meio de nosso movimento, vamos exigir a retirada da polícia do campus. Não vamos negociar enquanto a polícia estiver aqui", afirmou.O estudante disse ainda que espera uma nova uma negociação com o Cruesp. "Estamos fechando o portão da USP porque o Cruesp fechou as negociações, e a reitoria chamou a polícia".Um dos diretores da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Marco Brinati, pediu a saída da polícia do campus e a abertura de diálogo e negociação. "Essa força militar não faz sentido, é uma reação da universidade e da reitoria contra os trabalhadores".Almeida Rocha/Folha ImagemPoliciais militares reprimem manifestação na USP, zona oeste de SP; bombas de efeito moral foram lançadasCom Folha de S.Paulo e Agência Brasil

domingo, 14 de junho de 2009

Dom Quixote de La Mancha

Depois da Bíblia, El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha, romance publicado por Cervantes em 1605, é um dos livros mais traduzidos da literatura universal. Sua segunda parte, lançada em 1615, não respondia apenas ao enorme sucesso: veio desmascarar também a falsa continuação publicada por um impostor, de pseudônimo Alonso Fernández Avellaneda.

Ao escrever o Dom Quixote, Cervantes se propunha ridicularizar os livros de cavalaria, que gozavam de imensa popularidade na época. É o primeiro triunfo de um idealismo sóbrio na literatura ocidental moderna e, por isso mesmo, impressiona pelo pioneirismo de sua feição realista: a paisagem da Mancha, assim como Cervantes a descreve, é até hoje reconhecível na realidade. No todo ou em parte, a obra foi traduzida para mais de sessenta línguas. A ação principal do romance gira em torno das três incursões feitas pelo protagonista por terras da Mancha, de Aragão e de Catalunha. O personagem principal da obra é um louco: um pequeno fidalgo castelhano, que perdeu a razão pela leitura assídua dos romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis prediletos. Envolve-se numa série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico. O pobre fidalgo chama-se na verdade Alonso Quijano (Quixano), chamado pelos vizinhos de o Bom. Sua loucura começa quando toma por realidades indiscutíveis as façanhas de dois cavaleiros (nada mais que o cura e o barbeiro do lugar), as quais comenta com os amigos. Quijano investe-se dos ideais cavalheirescos de amor, de paz e de justiça, e prepara-se para sair pelo mundo, em luta por tais valores. Escolhe um título para si mesmo, o de Don Quijote de la Mancha, apelida um cavalo velho e descarnado com o nome de Rocinante e elege como dama ideal de seus sentimentos uma simples camponesa a quem dá o nome de Dulcinea del Toboso, suposta dama de alta nobreza. Na primeira série de suas aventuras imaginárias, Dom Quixote fez-se armar cavaleiro pelo proprietário de um albergue, que naturalmente tomou por um imponente castelo. Após breve período de retorno a sua casa, Dom Quixote decidiu voltar à vida de cavaleiro errante que se bate pela justiça. Dessa vez levou consigo seu escudeiro, o pobre camponês Sancho Pança, que se deixara atrair pelas miragens do cavaleiro. A primeira das aventuras de Dom Quixote em companhia de seu escudeiro é o episódio mais célebre de todo o livro: o cavaleiro arremete contra os moinhos de vento que encontra a sua frente, convencido de que são gigantes malfeitores. A imagem clássica de Cervantes tornou-se símbolo de todas as lutas inglórias, puramente subjetivas e sem sentido, assim como passaram a ser qualificados de "quixotescos" tanto os homens que se devotam a proezas mirabolantes e fantasiosos. Todos os acontecimentos em que se envolve Dom Quixote têm um lado real e outro imaginário, sendo o equívoco a base das ações do cavaleiro, que confunde alguns monges beneditinos com feiticeiros diabólicos e uma simples bacia de barbeiro com o elmo rutilante de Mambrino. Assim, a trama do romance se desenvolve em dois planos paralelos: o do imaginário é ao mesmo tempo o plano simbólico da obra, e o realista enfoca a vida cotidiana do povo espanhol. O romance pode pois ser lido como obra realista, que se serve do humor como arma de crítica, e como romance de cavalaria, ou antes, de aventuras, ainda que imaginárias. Paralelamente à trama que se movimenta com os dois heróis, existem também no livro curiosas interpolações, em que se destacam a narrativa "O impertinente curioso" e histórias de amor, descritas realisticamente por Cervantes, que se desenrolam ao lado do amor cavalheiresco de Dom Quixote por sua dama Dulcinea del Toboso. Embora se desenvolva em torno desse contraponto entre o real e o imaginário, o livro possui episódios em que os dois planos se confundem e em que o imaginário se torna, enfim, a própria realidade, como no episódio em que Sancho é nomeado, por zombaria, governador da ilha de Concusión, e desempenha suas funções com tal senso de realismo prático que termina por conquistar a admiração dos próprios zombadores. No retorno à aldeia, quando Dom Quixote, já moribundo, recupera a razão e se transforma de novo no pequeno fidalgo Alonso Quijano, é o próprio Sancho, seu oposto no plano simbólico, quem o anima a partir em busca de novas façanhas heróicas. Conclui-se daí que Cervantes não toma o partido de nenhum dos dois mundos, o da realidade e o da idealidade, deixando em suspenso o símbolo do Quixote.
BibliografiaDOM QUIXOTE DE LA MANCHA por MIGUEL DE CERVANTES.