sábado, 21 de agosto de 2010

“Esta eleição vai dignificar a mulher”, afirma DilmaA- A+ 21.08.2010


“Esta eleição vai dignificar a mulher”, afirma DilmaA- A+ 21.08.2010


Um dos maiores atos políticos da campanha de Dilma Rousseff até agora nessas eleições, o comício ao lado do Jardim Rochdale, em Osasco (SP), reuniu milhares de pessoas, que estavam eufóricas para assistir Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no palco. A comunidade carente que tem mudado graças aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em saneamento e habitação estava toda reunida para agradecer a Lula pela ajuda nos últimos anos.

Ao discursar, Dilma ressaltou a importância de dar continuidade ao governo Lula e pediu aos eleitores paulistas que batalhem pela eleição do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.

“Cada um de nós quando o presidente Lula deixar o Palácio do Planalto vai sentir um aperto no coração. Só uma coisa pode nos consolar. E essa coisa está clara qual é. É a continuidade do governo dele sem retrocesso, é o avanço, é eleger uma mulher presidente desse país para continuar com a missão desse metalúrgico, que sem dúvida nenhuma fez o melhor governo para milhões e milhões os brasileiros”, disse.

Luta democrática

O candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), frisou a luta de Dilma para que aquelas pessoas tivessem o direito de estar ali reunidas. “A Dilma trabalhou para que tivéssemos democracia política no país. Estamos aqui porque alguém lutou para que tivéssemos liberdade de expressão. A Dilma lutou por isso”, discursou.

Dilma fez questão de exaltar o papel das mulheres nessa eleição. “Hoje, a vida de cada um é diferente, é melhor, porque além das realizações materiais tem dentro do nosso coração a esperança, que é a certeza de um futuro muito melhor. Minhas companheiras, vamos juntas. Essa será uma eleição que vai dignificar as mulheres do nosso país.”

Eleição das mulheres

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil precisa eleger uma mulher após ter colocado um metalúrgico no comando do país. Segundo ele, não há motivo para preconceito contra as mulheres, porque elas significam algo sagrado para a sociedade.

“Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que ensinou a gente a comer quando a gente nem sabia pegar numa colher? Qual é o preconceito que a gente tem contra uma pessoa que perdeu horas e horas para ensinar a gente a andar? Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que nos deu o caráter, porque quem dá o caráter não é o pai, é a mãe? Qual é o preconceito que a gente pode ter contra uma pessoa que significa algo tão sagrado na sociedade, como a mulher? Tão importante que só ela pode procriar”, discursou Lula.

Por esses motivos, o presidente disse que é chegada a hora de o Brasil ter uma mulher na Presidência da República. “Por isso, companheiras mulheres é que temos que levantar a cabeça humildemente e estufar o peito sem empinar o nariz e dizer: nós já tivemos a coragem de votar num metalúrgico e não erramos e agora vamos votar numa mulher para fazer o que precisa ser feito nesse país. Para mudar definitivamente a história do nosso Brasil.”

Dilma abre 17 pontos para Serra e venceria no 1o turno-Datafolha

Dilma abre 17 pontos para Serra e venceria no 1o turno-Datafolha
SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, abriu 17 pontos de vantagem para seu principal adversário, José Serra (PSDB), e venceria a eleição presidencial de outubro ainda no primeiro turno, mostrou pesquisa do instituto Datafolha neste sábado.

O levantamento, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, apontou crescimento de seis pontos percentuais de Dilma, que agora tem 47 por cento das intenções de voto, contra 41 por cento no levantamento anterior realizado no início do mês.

Já Serra caiu três pontos em relação à sondagem anterior, feita entre 9 e 12 de agosto, e agora tem 30 por cento. A candidata do PV, Marina Silva, caiu um ponto e agora tem 9 por cento da preferência do eleitorado, segundo o instituto.

Nenhum dos demais candidatos conseguiu somar 1 por cento no levantamento. Quatro por cento dos entrevistados declararam voto nulo ou branco, contra 5 por cento na pesquisa anterior, e 8 por cento declarou-se indeciso, contra 9 por cento na sondagem do início do mês.

Segundo o Datafolha, quando considerados somente as intenções de votos válidos, ou seja, desconsiderados os brancos e nulos, Dilma fica com 54 por cento, o que lhe garantiria vitória no primeiro turno, marcado para 3 de outubro.

A simulação de segundo turno entre Dilma e Serra feita pelo Datafolha, mostra a petista com 53 por cento das intenções de voto, contra 39 por cento de Serra. Quatro por cento votariam branco ou anulariam e outros 4 por cento disseram não saber. Na sondagem anterior do instituto, a petista aparecia com 49 por cento, contra 41 por cento do tucano em um eventual segundo turno.

O Datafolha ouviu 2.727 pessoas em todo o país na sexta-feira, 20 de agosto, após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

(Por Eduardo Simões)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Entrevista: A educação trazendo São Paulo de volta para o futuro


Dulcinéia Nascimento Ramos, 55 anos, é professora na cidade de Marília, SP, e militante do PT desde o nascimento do partido no início dos anos 80. A Rede Mercadante publica aqui a entrevista que a nossa militante educadora nos concedeu.


RM – Você que é educadora há 31 anos, qual a sua avaliação de como a educação tem sido tratada politicamente, especialmente nos últimos 16 anos de PSDB?

Dulcinéia – A minha primeira reação a essa pergunta seria: “Eu sobrevivi”. Com minhas próprias forças e recursos administrei a educação dentro da minha sala de aula, dentro de uma política totalmente contra meus valores educacionais. Sabe-se, porém, que o maior problema hoje é o ensino médio, de responsabilidade do Estado que é governado pelo PSDB há 16 anos. Considerando-se que Quércia e Serra voltaram a pertencer ao mesmo grupo político, que Franco Montoro governou com os tucanos antes de serem tucanos, que Alberto Goldmann foi líder do quercismo no Estado e que Aloízio Nunes Ferreira foi vice-governador do Fleury, essa turma está no Governo do Estado desde 1983! NADA pela educação no Estado deu tempo para fazer???

RM – O que você acha que poderia contribuir para a melhoria desta situação?

Dulcinéia – Em primeiro lugar, mudar a política do estado. Chega de PSDB. Também, usar com responsabilidade os repasses da União dos estados e municípios e, principalmente, constituir uma cidadania que possa tomar em suas mãos o trabalho, o desenvolvimento econômico, político e cultural do país. Continuar com o que está dando certo, por exemplo o “Bolsa Família” e ampliá-lo para ter bons resultados. Também, tirar o bônus de premiação (SARESP), porque assim a escola com índice mais baixo não recebe esses investimentos para reforçá-las.

RM – Do que o estado de São Paulo precisa para melhorar?

Dulcinéia – Os índices mostram que a qualidade do ensino no estado vem caindo, então alguma coisa não está funcionando, certo? O estado precisa democratizar o acesso, a permanência na escola, acabar com o analfabetismo, diminuir a evasão, dar sustentabilidade e apoio para a inclusão, dotar todas as escolas com recursos tecnológicos da informação, ensino médio profissionalizante, escolas com período integral, mais creches e pré-escolas, mais Fatecs, permitir a continuidade do aluno pobre no ensino médio e garantir vagas no ensino superior público, inclusão digital, ampliar recursos para pesquisa nas universidades públicas, valorização do professor. Enfim, construir uma escola para a sociedade do conhecimento.

RM – Qual a importância da iniciativa de se debater política em espaços virtuais, como na Rede Mercadante e de nos articularmos em rede?

Dulcinéia – Na eleição passada, eu não tinha o acesso que atualmente possuo. Estou encantada com a oportunidade de ver, debater, atualizar-me nesse mundo virtual. Parabéns pela iniciativa. Acredito que teremos uma grande aceitação positiva na rede. A importância maior é a rapidez da informação divulgada. Mas espero que nunca se esqueçam que o trabalho corpo a corpo, o palanque, olho no olho ainda faz a diferença.

Compartilhar | Tags: educação, entrevista
7 comentários »
Entrevista: A educação trazendo São Paulo de volta para o futuro
6 comentários
antonio carlos martins disse: Em 15 de agosto de 2010
A UNÃO DO MAGISTERIO DO FUNCIONALISMO…DAS POLICIAIS CIVIL/MILITAR APOSENTADOS PENSIONISTAS…MAIS O TRABALHO CORPO A CORPO..FARÃO A ################## CONCORDO COM A NOBRE COLEGA PROFESSORA!!!!

Rodrigo disse: Em 16 de agosto de 2010
É isso aí Dul! Concordo com vc! Chega de monopólio tucanês no estado de SP. A educação só pd melhorar com mudanças e com novas políticas pros paulistas!

Marcos Flariso disse: Em 16 de agosto de 2010
Parabéns… Adorei a sua postura diante da situação… sabes a minha opinião e compartilho desta mudança o mais rápido possível… Educação deveria ser prioridade e não “tapa buraco” como vem sendo nos últimos 16 anos…

Carol Luvizotto disse: Em 16 de agosto de 2010
É isso aí amiga!!
É de gente como vc que a educação brasileira precisa!
Se todos os educadores tivessem a sua postura certamente teríamos um outro retrato da educação brasileira.

Parabéns!
Dra. Caroline Luvizotto
Socióloga e Professora Universitária
http://carolineluvizotto.wordpress.com

Helber disse: Em 17 de agosto de 2010
É isso aí amiga, sempre na luta pela igualdade social. Beijão…

Mariana disse: Em 17 de agosto de 2010
Dulce, é de gente com pensamento consciente e militante como você que a educação e a política precisam! Sucesso!
Beijos

domingo, 1 de agosto de 2010

Até o Ibope desmente empate do Datafolha: Dilma tem vantagem de 5 pontos

30 de julho de 2010 às 23:22

Até o Ibope desmente empate do Datafolha: Dilma tem vantagem de 5 pontos

Dilma lidera com 39% e Serra tem 34%, segundo pesquisa Ibope 30 de julho de 2010 • 20h45 • atualizado às 20h50

do Terra

A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, aparece na liderança da corrida presidencial com 39% das intenções de voto, contra 34% do candidato do PSDB, José Serra, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Jornal Nacional . A candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, registra 7%.

Segundo o levantamento, os votos brancos e nulos somam 7%. Enquanto 12% dos entrevistados não souberam ou não responderam. A margem de erro de é dois pontos percentuais.

O Ibope também fez uma simulação de um segundo turno entre Dilma e Serra, a petista aparece com 46% e o tucano com 40%.

Encomendada pela Rede Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 30 de julho e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de julho de 2010, sob o número 20809/2010.

PS: Peço aos comentaristas que me ajudem e, por favor, deixem nos comentários os resultados estado a estado.

"República sindicalista” de Serra nasceu com uma fraude do Lacerda

“República sindicalista” de Serra nasceu com uma fraude do Lacerda

Na foto, Serra denuncia a “Carta Brandi” e a “república sindicalista” (*)

Zé Pedágio fez grave acusação às centrais sindicais – clique aqui para ler “centrais sindicais vão responder ao Serra ?”.

Artur Henrique respondeu: vai esperar para ver como o Serra administra o seguro desemprego a partir de outubro.

Zé Pedágio foi para a extrema direita – se é que não esteve sempre lá.

Passou a adotar o jargão dos golpistas que derrubaram Jango em 1964.

A velha UDN golpista de sempre reincorporada no PSDB de São Paulo.

A UDN acusava o Jango de montar uma “república sindicalista”.

O Leandro Fortes já tratou disso com precisão.

O Vitor Nuzzi, do Brasil Atual, segue a mesma trilha e vai mais atrás: à origem fraudulenta da “república sindicalista”.

É uma carta falsa manipulada pelo Carlos Lacerda – o pai de todos os golpistas – e redigida por Luiz Fernando Mercadante, que trabalhava como repórter na Tribuna da Imprensa.

Mercadante me contou que foi ele quem escreveu a Carta Brandi, quando eu e ele trabalhávamos na revista Realidade.

No artigo do Vitor, o Newton Carlos mostra que Lacerda sabia que a carta era falsa.

Como diz o Ciro Gomes: o Serra não tem escrúpulos; se for preciso, passa com um trator por cima da mãe.

Vamos ao Vitor:

Lacerda originou “república sindicalista” baseado em assinatura falsa

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual
Publicado em 15/07/2010

Líder da UDN divulgou documento forjado que acusava João Goulart em 1955. Termo agora usado por Serra era, em 1964, um dos preferidos dos golpistas.

João Goulart foi acusado de ser parte de trama falsa de venda de armas a forças de sindicalistas. Tese virou munição golpista.

O presidenciável José Serra não resistiu à tentação, ele também, de usar a expressão “república sindicalista” para rebater críticas de dirigentes sobre supostas iniciativas parlamentares do tucano na criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O termo aparece com alguma regularidade na história política brasileira, curiosamente sempre usado por vozes conservadoras. Convém lembrar que tal expressão surgiu de uma operação farsesca ainda nos anos 1950 e ganhou força no avanço golpista dos 1960.

Em 1955, o jornalista Carlos Lacerda divulgou uma carta atribuída ao deputado argentino Antonio Brandi, peronista, que teria enviado ao ministro do Trabalho, João Goulart. Fazia referência a compra de armas e à organização de uma república sindicalista no Brasil. Tudo falso. E quem descobriu foi um jovem repórter da própria Tribuna de Imprensa, jornal de Lacerda. Quem contou, em 2002, para o projeto “Memória da Imprensa Carioca” foi o repórter e hoje comentarista internacional Newton Carlos.

“Vamos recordar um episódio conhecido como Carta Brandi. Foi divulgado o texto de uma carta que um peronista de nome Brandi teria mandado ao Jango propondo a criação de uma república sindicalista na América Latina, a partir de um eixo Brasil-Argentina. O petardo partiu da Tribuna mas logo surgiram desconfianças de que a assinatura da carta era falsa. Nesse meio tempo, o Perón caiu. O Lacerda foi à Argentina e eu o acompanhei com a missão de levantar a ‘autenticidade’ da carta. Descobri que a assinatura era de fato falsa. Avisei ao Lacerda. Ele disse: ‘você não tinha nada que descobrir. O Jango que descobrisse’”.

Na articulação para derrubar o presidente João Goulart, um dos argumentos preferidos foi o de que se instalada no Brasil uma temível… “república sindicalista”. Na época, havia sido criado (em 1962) o Comando Geral dos Trabalhadores, que apoiava Jango, mas ao que se sabe até hoje não tinha nenhum arsenal escondido para defendê-lo após o golpe.

Volta e meia, alguém surge com a velha expressão, talvez desconhecendo sua origem. Em fevereiro de 2008, a cientista política Lúcia Hippolito recorria ao termo para criticar a “excessiva influência” dos sindicalistas no governo. Em julho de 2009, o jornal O Globo apontava “a república sindicalista”, sempre ela, “instalada na Petrobras”. A revista Época, do mesmo grupo, também “denunciou” este ano a tal potência sindical atuante na gestão Lula. Desnecessário dizer que a Veja também lançou mão do surrado termo para uma de suas tonitruantes matérias.

E isso porque tudo surgiu de um fato falso. Que o patrão da época não quis publicar, mas os trabalhadores descobriram faz tempo. Os discursos de hoje podiam, pelo menos, ser mais originais.

(*) Mal comparando: o Serra não tem 1/10 do talento do Lacerda. A inclinação golpista é a mesma, mas no interior do cérebro a diferença é abissal.